Pesquisadores estão cada vez mais próximos de uma nova abordagem no combate ao câncer, utilizando vacinas personalizadas que empregam a mesma tecnologia do RNA mensageiro usada nas vacinas contra a Covid-19. A University College London lidera um estudo focado em melanoma, o tipo mais letal de câncer de pele, que já entrou na fase 3, última etapa antes da aprovação para uso comercial. Testes estão sendo realizados em diversos países, incluindo o Brasil.
Um dos voluntários do estudo é Steve, professor e músico de Londres, diagnosticado com melanoma. Após seu diagnóstico, ele se uniu à pesquisa e já recebeu cinco doses da vacina experimental. Os pesquisadores esperam concluir a fase de testes até 2030, trazendo novas esperanças de tratamento.
A vacina é desenvolvida de maneira personalizada para cada paciente. Segundo a oncologista Heather Shaw, que coordena o estudo no Reino Unido, a tecnologia utiliza amostras do tumor e do sangue do paciente para identificar os chamados neoantígenos, que são alvos específicos das células cancerosas. A partir disso, um programa de computador seleciona até 30 alvos que o sistema imunológico poderá identificar e combater. O material genético relacionado a esses alvos é inserido na vacina, que então ensina o corpo a reconhecer e destruir as células cancerosas.
Além de ser menos agressiva que a quimioterapia, a vacina promete causar efeitos colaterais mais leves, o que aumenta ainda mais o otimismo em relação à sua eficácia.
Expansão da pesquisa para outros tipos de câncer
Além do melanoma, essa tecnologia de RNA mensageiro está sendo testada em outros tipos de câncer, como o de intestino. Em Birmingham, no Reino Unido, uma equipe liderada pela oncologista Victoria Kunene está conduzindo testes em pacientes com câncer intestinal, atualmente na fase 2 de pesquisa. A médica destaca que o estudo já envolveu mais de 2 mil pacientes em diversos países e vê a tecnologia como um avanço promissor na medicina oncológica.
Com o potencial de transformar o tratamento do câncer, essas vacinas oferecem uma nova esperança para milhões de pacientes ao redor do mundo.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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