O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, convocou uma entrevista coletiva nesta terça-feira (4) para abordar o cenário do aumento dos casos de febre oropouche em Minas Gerais, totalizando 72 diagnósticos. O objetivo foi tranquilizar a população em relação à enfermidade.
O secretário destacou que não houve registros de casos graves ou óbitos relacionados a essa doença e ressaltou que ela apresenta sintomas semelhantes aos da dengue e, especialmente, da chikungunya, como febre, dor de cabeça e dor nas articulações.
Baccheretti afirmou que não será necessário reforçar a estrutura hospitalar do estado para atender pacientes com a doença, uma vez que ela não demanda internação.
Em um intervalo de apenas quatro dias, os diagnósticos saltaram de quatro para 72 no estado, com a maioria dos casos concentrados na região do Vale do Aço:
- 1 caso em Congonhas (região Central)
- 1 caso em Gonzaga (Vale do Rio Doce)
- 1 caso em Mariléia (Vale do Aço)
- 2 casos em Ipatinga (Vale do Aço)
- 11 casos em Timóteo (Vale do Aço)
- 26 casos em Coronel Fabriciano (Vale do Aço)
- 30 casos em Joanésia (Vale do Aço)
CONHEÇA DOENÇA
A doença é transmitida pela picada de um mosquito e provoca febre e dores musculares e nas articulações, sintomas semelhantes aos das arboviroses como dengue, zika e chikungunya. Seu vetor é o mosquito do gênero Culicoides paraenses, conhecidos como maruim ou mosquito-pólvora. Complicações como meningite e encefalite podem ocorrer, principalmente em pacientes imunossuprimidos.
De acordo com registros do Ministério da Saúde, a doença foi identificada no Brasil pela primeira vez em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça. Desde então, casos humanos foram detectados, principalmente nos estados da região Norte.
Os sintomas descritos para a febre oropouche incluem febre súbita, dor de cabeça, náuseas, diarreia, vômitos, dor muscular e nas articulações, além de sensibilidade à luz. Em cerca de uma semana os sintomas costumam desaparecer, porém podem retornar após 7 a 14 dias.
Não há vacinas ou medicamentos antivirais específicos para a febre oropouche. O tratamento visa aliviar os sintomas apresentados e geralmente a evolução dos casos é benigna, com resolução em aproximadamente uma semana. Casos complicados necessitam acompanhamento médico e eventual internação.
O diagnóstico é realizado por meio de exames laboratoriais, como biologia molecular (RT-qPCR) e isolamento viral. É importante considerar a suspeita de febre oropouche em pacientes com sintomas após descartar dengue, chikungunya e zika.
As medidas preventivas são voltadas ao controle vetorial e seguem as mesmas diretrizes adotadas para dengue, zika e chikungunya:
- Evitar áreas com grande presença de mosquitos
- Usar roupas que cubram o corpo e aplicar repelente nas áreas expostas
- Manter o ambiente limpo removendo possíveis criadouros de mosquitos
- Seguir as orientações das autoridades locais em caso de casos confirmados na região
- Em caso de sintomas suspeitos procurar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde e informar sobre possível exposição à doença.
Em Minas Gerais, os exames são realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Fundação Ezequiel Dias.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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