A enxaqueca é uma doença neurológica de causa genética que se caracteriza por uma dor de cabeça com intensidade variada. No Brasil, mais de 30 milhões de pessoas convivem com a condição, representando cerca de 15% da população. As crises de enxaqueca podem acompanhar diversos sintomas, como náuseas e vômito, comprometendo a qualidade de vida dos pacientes.
A neurologista Thaís Villa, especialista no diagnóstico e tratamento da enxaqueca, explica que a manifestação da condição afeta os cinco sentidos.
Visão: durante uma crise de enxaqueca, é comum desenvolver sensibilidade à luz. Isso porque o cérebro passa a responder aos mínimos estímulos.
Audição: a sensibilidade ao som pode acompanhar os episódios de enxaqueca. A ocorrência de zumbidos nos ouvidos também é comum.
Olfato: certos odores assumem maior sensibilidade durante os ataques de enxaqueca, levando a pessoa a evitar cheiros que gerem gatilho para as crises.
Paladar: a sensibilidade do olfato pode se relacionar às anomalias do paladar que resultam nos episódios de enxaqueca.
Tato: também é possível sofrer de alodinia, fazendo com que o paciente sinta dor devido a estímulos que normalmente não são dolorosos.
“Por ser uma doença crônica, de causa hereditária, a enxaqueca não tem cura. Porém, a partir da integração do tratamento por especialistas de diversas áreas, é possível focar no paciente de forma individual, controlando as crises e os sintomas que a doença faz acontecer. Sem banalização da dor, por uma vida mais plena, como ela deve ser”, esclarece a neurologista.
Causas da enxaqueca
A enxaqueca é uma enfermidade hereditária e multifatorial, mas alguns fatores podem funcionar como gatilhos que desencadeiam as crises. Confira os principais abaixo.
- Jejum prolongado;
- Estresse;
- Insônia;
- Consumo de açúcar,chocolate, embutidos, café e bebidas alcoólicas;
- Fumo;
- Alterações hormonais.
Diagnóstico
Para diagnosticar a enxaqueca, é necessário realizar uma análise clínica por meio de alguns passos. É o caso da anamnese, entrevista que se realiza a partir de perguntas descritivas sobre os sintomas. Além disso, há o exame físico que busca descartar outras condições médicas que possam causar os sintomas, e o histórico médico, que faz a revisão pessoal e familiar para identificar fatores de risco genéticos.
Prevenção da enxaqueca
Nos casos em que as crises de enxaqueca passarem de três a quatro dias ou gerarem incapacidade, se considera o tratamento preventivo. Por meio dele se utiliza medicamentos que buscam diminuir a frequência, intensidade e duração das dores de cabeça. Essa abordagem deve sempre ser prescrita por um profissional e adotada a partir da avaliação individual.
Além disso, medidas como higiene do sono, alimentação saudável, prática de atividades físicas, hidratação adequada e gerenciamento de estresse podem ajudar no controle das dores. Dessa forma, há a promoção de uma melhor qualidade de vida e bem-estar.
Por Saúde em Dia
Sete Lagoas Notícias
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