Uma mulher, de 33 anos, foi presa em Belo Horizonte suspeita de se passar por homem para se relacionar com as vítimas. A prisão aconteceu na manhã desta sexta-feira (21), na casa onde ela mora, no bairro Pindorama, na Região Noroeste de Belo Horizonte.
De acordo a Polícia Civil, a suspeita fingia se chamar Dyego nas redes sociais e usava a foto de um homem para atrair mulheres. Até o momento, cinco vítimas foram identificadas.
A investigação começou depois que uma delas foi à delegacia e relatou que conheceu uma pessoa pelo Instagram, namorou com ela virtualmente e, quando decidiu terminar o relacionamento, sofreu ameaças. Esta vítima disse ainda que, como forma de intimidação, recebeu uma foto da porta da casa onde mora.
"Havia também um controle psicológico muito grande, ao ponto de a pessoa ser obrigada a permanecer com o celular ligado a noite toda", reforçou a delegada Karine Tassara, responsável pelas investigações.
'Odeio todas as mulheres'
No decorrer das apurações, a polícia constatou que "Dyego", na verdade, era uma mulher de 33 anos. Outras quatros vítimas apareceram. Todas com o mesmo perfil: mulheres bonitas, de cabelos longos e bem-sucedidas.
"Perguntamos a ela o motivo de se passar por outra pessoa. Ela respondeu que tinha 'ódio de todas as mulheres'. Comprava vários chips e efetuava várias ligações. Perturbava, ameaçava e torturava psicologicamente essas vítimas, que morriam de medo do personagem Dyego", contou a advogada.
Ainda, segundo a polícia, os relacionamentos duravam cerca de três meses. Havia sexo virtual, mas sem chamada de vídeo.
"Temos observado que cada dia aumenta o número de demanda onde mulheres argumentam que mantém relacionamento com homens de forma virtual, sem jamais ter visto essa pessoa. Muitas das vezes, o benefício é financeiro. Neste caso, nós observamos que havia um benefício sexual. Ainda tem a questão do ódio, que as vítimas não sabiam que era odiadas pelo possível parceiro, que, na verdade, era uma parceira", concluiu a delegada Karine Tassara.
A suspeita é investigada por perseguição, violência psicológica e ameaças. Caso seja condenada, a pena pode chegar a cinco anos de prisão.
Por G1
Sete Lagoas Notícias
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