A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Sete Lagoas e o Setor de Combate ao Pernilongo e ao Caramujo Africano iniciaram as atividades de controle de caramujos africanos na cidade e alertam a população sobre a presença dessa espécie, causadora de danos ambientais em todo o mundo e da transmissão de inúmeras doenças.
Entre as principais estão a Angiostrongylus costaricensis, responsável pela angiostrongilose abdominal, doença que provoca perfuração intestinal, de sintomas semelhantes aos da apendicite; além da Angiostrongylus cantonensis, responsável pela angiostrongilíase meningoencefálica, de sintomas variáveis, mas muitas vezes fatal.
O órgão esclarece que, além de responsável pela transmissão de doenças de difícil diagnóstico em humanos, eles também são considerados pragas ambientais. No caso da transmissão de doenças, a pessoa pode ser infectada pelo parasita acidentalmente, quando ingere alimentos ou água contaminados com larvas, presentes no muco secretado pelo caramujo, seus hospedeiros intermediários.
Ainda de acordo com a SMS, o caramujo africano, Achatina fulica, é uma espécie de molusco terrestre tropical, originário do leste e nordeste da África que foi mundialmente disseminado pela ação humana ligada à gastronomia, pela região da Tailândia, China, Austrália, Japão e recentemente pelo continente americano. No Brasil foi introduzida a partir 1988 como uma forma barata de substituir o escargot.
Controle
A SMS eclarece que os caramujos africanos adultos podem atingir uma massa de mais de 200g e chegar a 15 cm de comprimento de concha, alcançando a maturidade sexual entre quatro e cinco meses. Os indivíduos são hermafroditas e podem realizar até cinco posturas por ano, dando origem entre 50 e 400 ovos por postura. Ativo no inverno, resistente ao frio e à seca, geralmente passa o dia escondido e sai para se alimentar e reproduzir à noite ou, durante e logo após as chuvas.
O meio indicado de realizar o controle dessa praga é a catação manual dos indivíduos e de ovos, colocando-os em dois sacos plásticos, com posterior quebra de suas conchas antes de eliminá-los. Isso porque tais estruturas podem acumular água, sendo um criadouro em potencial para os ovos do Aedes aegypti. Depois, recomenda-se a aplicação de cal virgem sobre os caramujos quebrados, e o posterior enterramento em local longe de lençóis freáticos, cisternas ou poços artesianos.
Veja quais são os cuidados para evitar a proliferação dos Caramujos Africanos e a contaminação pelos parasitas:
- Nunca comer os moluscos capturados, tampouco criá-los;
- Para capturá-los, use luvas ou sacos plásticos para proteger as mãos;
- A melhor ocasião para capturar os moluscos é no fim da tarde ou em dias nublados e chuvosos, pois é quando saem de seus abrigos em maior número;
- Para destruí-los, coloque os moluscos encontrados em um balde com água e bastante sal de cozinha, até pararem de se mexer, quebre as conchas para evitar o acúmulo de água da chuva e depois enterre;
- Antes de consumir hortaliças, lave cuidadosamente os alimentos e desinfete, com solução clorada, todas as folhas que forem consumidas;
- Evite lixo em quintais, jardins e terrenos vagos.
Em Sete Lagoas, para obtrer mais informações sobre o Caramujo Africano ou informar a presença dos moluscos, o cidadão deve acionar o Programa de Combate ao Pernilongo e Caramujo Africano, pelo telefone 3774-1546.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias