Uma investigação minuciosa da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) levou à prisão de oito suspeitos envolvidos em um esquema de furto e adulteração de veículos de luxo, conhecido como 'Gangue da Hilux'. As prisões ocorreram entre os dias 4 e 6 de fevereiro em Belo Horizonte, como parte dos desdobramentos da apreensão de uma Toyota Hilux em um galpão de Sete Lagoas.
As ações da PCMG tiveram início em 28 de janeiro, quando dois mecânicos, de 19 e 22 anos, foram detidos no galpão em Sete Lagoas. Eles são especialistas em desmanche de veículos e estavam de posse de uma Toyota Hilux furtada no bairro Floramar, em Belo Horizonte. No local, os agentes também encontraram 20 portas, cinco tampas traseiras, cinco capôs, grades, placas adulteradas, para-choques e faróis, evidenciando a complexidade da operação criminosa. Ambos aguardam julgamento em liberdade.
A segunda fase da investigação ocorreu em 4 de fevereiro, quando os policiais localizaram quatro suspeitos em uma oficina no bairro Jardim Vitória, região Nordeste de Belo Horizonte. Um dos detidos era o proprietário da oficina, enquanto os outros desempenhavam funções distintas no esquema: dois eram responsáveis pelos furtos e um terceiro, de 56 anos e já conhecido da polícia, era o encarregado pela adulteração dos veículos. No local, foram apreendidos uma caminhonete Mitsubishi L200, uma Volkswagen Saveiro clonada e um Chevrolet Celta utilizado no furto da Hilux apreendida dias antes.
De acordo com Filype Utsch, delegado da Divisão Especializada em Prevenção e Investigação a Furto e Roubo de Veículos Automotores (Deictran), dois dos detidos já haviam sido presos na Argentina em 2024 pelo mesmo tipo de crime. "Para o azar deles, cometeram esse crime no bairro do presidente da Argentina. A resposta policial foi imediata, e eles ficaram presos por três meses. Ao retornarem ao Brasil, passaram a mirar outra categoria de veículos de luxo", explicou o delegado.
A operação continuou em 6 de fevereiro, quando mais quatro suspeitos foram presos no bairro Goiânia, também na região Nordeste da capital. Dois deles seriam compradores vindos do Espírito Santo, enquanto os outros dois eram os vendedores da caminhonete. Durante a abordagem, a PCMG apreendeu uma Toyota Hilux preta com placa adulterada e um Fiat Palio clonado. Os investigadores também encontraram ferramentas utilizadas para adulterar os veículos, incluindo ácido para raspagem de chassi, equipamentos de arrombamento, bloqueadores de rastreador e dispositivos para ligação direta de carros.
Desde o início das investigações, em janeiro de 2024, foram registrados 246 furtos de caminhonetes de luxo em Belo Horizonte. O delegado Filype Utsch destacou que a investigação está em estágios avançados e que novos desdobramentos devem ocorrer até março ou abril. "A equipe tem trabalhado de forma precisa, mas alguns detalhes ainda dificultam a finalização do caso. No entanto, avançamos bastante e em breve teremos mais novidades sobre a operação", concluiu Utsch.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
FIQUE BEM INFORMADO, SIGA O SETE LAGOAS NOTÍCIAS NAS REDES SOCIAIS:
Twitter - X
https://twitter.com/7lagoasnoticias
Instagram:
https://www.instagram.com/setelagoasnoticias
Facebook:
https://www.facebook.com/setelagoasnoticias