Dois suspeitos envolvidos na morte de uma adolescente de 15 anos em Sete Lagoas permanecerão presos preventivamente, conforme decisão da Justiça. A vítima foi encontrada seminua, com marcas de pneus no corpo e as iniciais de uma gangue gravadas próximas ao local.
A conversão da prisão em flagrante para preventiva foi decidida após uma audiência de custódia, segundo informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). “O processo tramita em segredo de justiça, portanto, não podemos fornecer documentos nem outras informações sobre o caso”, informou o tribunal.
A prisão preventiva tem como finalidade garantir que os suspeitos não prejudiquem as investigações, fujam ou representem risco à ordem pública. Apesar de não ter prazo máximo definido, a medida deve ser mantida pelo menor tempo necessário, de acordo com a Constituição Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF).
O caso
A adolescente desapareceu na madrugada de domingo (24), após participar de uma festa. Conforme relatado pela delegada responsável pelo caso, Márcia Máximo, há indícios de que a vítima tenha sido drogada com a substância conhecida como “Boa Noite, Cinderela” durante o evento.
O corpo foi localizado em um loteamento entre um shopping e uma rotatória, por um idoso que passeava com seu cachorro. A perícia identificou um corte profundo no pescoço e marcas de pneus sobre o corpo. Próximo ao local, foram recolhidos pedaços de plástico prata, possivelmente do para-choque de um veículo.
Dois homens foram presos em flagrante. Um deles permaneceu em silêncio durante o depoimento. Na residência dele, a polícia encontrou um carro com o para-choque danificado e sinais de sangue nos pneus, levantando a hipótese de que o veículo foi utilizado para simular um atropelamento. O segundo suspeito negou participação no crime, mas testemunhas indicaram que ele teria dopado a vítima e sido visto com ela no carro.
Embora não haja, até o momento, indícios confirmados de estupro, os suspeitos foram autuados pelo crime de feminicídio devido às circunstâncias do caso.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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