A Polícia Civil deflagrou a "Operação Angra" com o objetivo de combater crimes como receptação, falsidade ideológica, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro relacionados a práticas ambientais ilícitas. A operação ocorre em 17 cidades mineiras, incluindo Belo Horizonte e diversas localidades da Região Metropolitana, Central e Centro-Oeste do estado.
Ao todo, 36 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos. As investigações revelaram uma movimentação de R$ 260 milhões em apenas dois anos, sem comprovação legal, envolvendo um esquema criminoso de comércio de minério e devastação ambiental.
A ação abrange as seguintes cidades:
Belo Horizonte e Região Metropolitana: Contagem, Esmeraldas, Itatiaiuçu, Nova Lima, Ribeirão das Neves, Rio Acima e São José da Lapa.
Região Central: Barão de Cocais, Bom Jesus do Amparo, Congonhas, Itabirito, Santa Bárbara e Sete Lagoas.
Região Centro-Oeste: Cachoeira da Prata, Divinópolis e Maravilhas.
Um dos principais alvos é a Unidade de Tratamento Minerário (UTM), localizada em Itabirito. A empresa e seus controladores já haviam sido indiciados em 2023 por crimes como operar sem licença ambiental e promover desmatamento da Mata Atlântica. Investigações apontam que a UTM é um dos maiores destinos de minério extraído de forma ilegal no quadrilátero ferrífero.
O novo inquérito revelou a existência de uma complexa rede de lavagem de dinheiro, na qual empresários criavam empresas de fachada e usavam "laranjas" para ocultar lucros obtidos com a exploração e venda ilegal de minério. Além de alimentar crimes fiscais, esse comércio clandestino é apontado como um dos responsáveis pela destruição de áreas protegidas em Minas Gerais, agravando mudanças climáticas sem medidas de compensação ambiental.
A operação é conduzida pelo Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), da Polícia Civil, e conta com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e de auditores da Secretaria de Fazenda do Estado de Minas Gerais (Sefaz-MG).
O nome da operação é inspirado na deusa do fogo e da metalurgia, Angra, figura da mitologia tupi-guarani. A escolha reflete a relação entre a exploração mineral e os danos ambientais que motivaram a ação policial.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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