Minas Gerais contabilizou uma média de 120 registros diários de estelionato contra idosos entre janeiro e maio de 2025. As informações são da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp/MG), que aponta um crescimento expressivo de fraudes no ambiente digital, impulsionado pela popularização da internet entre pessoas com pouca familiaridade com tecnologia.
De acordo com o advogado criminalista Emanuel Leite, os golpistas seguem um padrão nas abordagens, criando situações de urgência e explorando a confiança das vítimas. “Sempre há a criação de uma urgência, de um ganho fácil ou uma suposta pendência. A confiança é o principal instrumento usado pelo estelionatário. A polícia possui recursos técnicos para buscar os responsáveis, mas a execução desses crimes tem se tornado cada vez mais complexa”, destacou o advogado.
Um dos casos investigados envolveu o aposentado Jorge Ferreira, vítima de um golpe que resultou em prejuízo de R$ 70 mil. Após quitar um empréstimo com a ajuda de uma conhecida, teve sua margem consignável liberada pelo INSS. A golpista, com uma selfie que Jorge havia feito anteriormente, contratou um novo financiamento em nome dele. A vítima ainda recebeu um link falso e transferiu o valor acreditando estar devolvendo o dinheiro à instituição financeira.
A Polícia Civil confirmou que o aposentado foi alvo de um grupo criminoso. Duas suspeitas já foram identificadas. Uma delas era funcionária de uma financeira pertencente ao empresário Matheus Kennedy, que revelou como a ex-colaboradora utilizava o nome da empresa para abordar idosos, colher imagens e, posteriormente, abrir contas digitais onde os valores eram desviados. Conforme as investigações, pelo menos 11 pessoas foram lesadas, com prejuízo estimado em R$ 600 mil.
Outro golpe investigado envolveu uma idosa que foi induzida a ir até uma agência bancária e transferir R$ 17 mil após ser enganada por pessoas que se passaram por um gerente de banco e um delegado. Os criminosos alegaram que a vítima estaria colaborando com uma investigação sobre fraudes financeiras.
No bairro Jaraguá, na Região da Pampulha, câmeras de segurança de um supermercado registraram o momento em que uma mulher de 80 anos foi abordada por uma jovem no caixa eletrônico. A autora do golpe alegou que o equipamento não funcionava para determinados bancos, observou a senha da vítima e realizou a troca do cartão. Em seguida, foram feitos saques e compras que somaram R$ 6,4 mil.
Da Redação
Com informações G1
Sete Lagoas Notícias
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