Fotos: Divulgação - Novo Renatult Captur atrai olhares por onde passa, mas merece um câmbio mais eficiente
Segundo a fábrica, a pronúncia correta é “Cáptur” e a palavra não tem nenhum significado. A Renault nos enviou para avaliação o “Cáptur” 2.0 Intense automático, SUV conhecido por muitos como o “primo rico” do Duster.
A versão Intense possui motor com 145/143 cv e câmbio automático de quatro marchas. A Renault equipou recentemente o Captur 1.6 com o moderno câmbio CVT, o mesmo utilizado no Nissan Kicks.
O Captur utiliza a mesma plataforma do Duster. Dessa forma, o modelo produzido no Brasil ficou mais espaçoso, afinal possui entre-eixos maior que o Captur vendido na Europa e feito sobre a plataforma do Clio. São 267 cm contra 261 cm. Assim, o Captur nacional possui porta malas com capacidade para 437 litros.
O design do Captur é moderno com superfícies onduladas, especialmente no capô, e a grade dianteira segue a nova identidade da marca. Além disso, o Captur é alto, passando a impressão de robustez diante dos inúmeros buracos e quebra-molas das ruas. No interior, o SUV possui painel com plástico comum, não emborrachado e o volante possui revestimento áspero.
Segurança
Dono de quatro estrelas para adultos e três para crianças no Latin NCap, de um total de cinco, o Captur desde a versão básica, 1.6 Zen, vem equipado com quatro airbags (dois frontais e dois laterais) e ESP. Os outros equipamentos de série são ar-condicionado, rodas de liga leve aro 17 com pneus 215/60, vidros elétricos nas quatro portas, piloto automático e luzes de posição de led.
A versão Intense 2.0 acrescenta ar-condicionado automático, câmera de ré, central multimídia, sensor de chuva, sensor crepuscular, faróis de neblina direcionais e rodas de liga leve diamantadas.
E o modelo cedido pela Renault ainda estava equipado com os opcionais central multimídia, pintura do teto em preto e bancos com revestimento que imita couro.
Impressões ao dirigir
O carro possui um eficiente isolamento acústico da parte mecânica e aerodinâmica, ampla área envidraçada, mas o volante possui apenas ajuste de altura, falta o de profundidade.
No painel a marcação de velocidade fica no centro e é mostrada de forma digital. O motor do Captur se mostra adequado para empurrar os 1.352 kg do SUV e o consumo, com gasolina, ficou em 8,7 km/l na cidade e 11,8 km/l na estrada.
Apesar do câmbio funcionar de forma suave e eficiente no dia a dia, o Captur merecia uma caixa continuamente variável, CVT, afinal são apenas quatro marchas. Por outro lado, o preço do modelo ficou entre R$ 78.900 e R$ 88.490. A suspensão e a direção firmes. Se por um lado o Captur ficou menos confortável, por outro, o SUV da Renault ficou mais estável, mesmo para um modelo com centro de gravidade alto.
Assim, nos despedimos do Captur 2.0 e esperamos a Renault adotar o câmbio CVT utilizado pelo Nissan Sentra 2.0 16V, assim como adotou a caixa do Nissan Kicks no Captur 1.6. O design do carro merece.
Em relação aos rivais, o custo-benefício tem seu lado negativo na parte mecânica, onde não houve alterações. O Sentra continua com o motor 2.0 16V de 140 cv e o câmbio CVT.
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